sábado, 28 de fevereiro de 2009

Egito Antigo

Resumo de Aula - O Egito Antigo
Professor Elvis Oliveira 2009




No Período Neolítico, tribos nômades indo-européias instalam-se na região do vale do rio Nilo, onde constroem cidades-estados, como Tebas, Memphis e Tânis. Estabelecem um Estado unificado por volta de 3200 a.C. e introduzem uma monarquia centralizada no faraó, soberano hereditário, absoluto e considerado a encarnação divina. As cidades-estados são transformadas em nomos, divisões administrativas da monarquia governadas por nomarcas. Até 2700 a.C., o Egito mantém-se relativamente isolado. Por volta de 2000 a.C. dá os primeiros passos para romper esse isolamento. Realiza incursões contra os beduínos do Sinai e conquista suas minas de cobre e pedras preciosas. A invasão dos hicsos, de origem caucasiana, interrompe essa expansão. O Egito expulsa os hicsos em 1600 a.C. e, em seguida, conquista Síria, Palestina, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do mar Egeu. Em 332 a.C. passa a integrar o Império Macedônico e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.
A agricultura e o comércio de produtos naturais são a base da economia. Desenvolvem técnicas de irrigação e de construção de barcos. Com a unificação, a propriedade da terra passa dos clãs ao faraó, aos nobres e aos sacerdotes. Os membros dos clãs são transformados em servos, que trabalham nas minas, na construção de palácios, templos e monumentais pirâmides de pedra (túmulos dos faraós). Os egípcios empregam a técnica de mumificação de corpos, fazem o primeiro calendário lunar e destacam-se na astronomia, na engenharia e nas artes. Lançam os fundamentos da geometria e do cálculo e criam a escrita hieroglífica (com ideogramas). Politeístas, cultuam o deus Sol e representam as divindades com formas humanas.



As Fases do Império

Antigo Império (3200 a.C. - 2300 a.C.)
• Estabilidade política e prosperidade econômica;
• Intensa exploração da população camponesa;
• Construção das grandes pirâmides de Gizé - Quéops, Quéfren e Miquerinos;
• Revoltas sociais;
• Fragmentação política do Egito.

Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.)
• Tebas substitui Mênfis como capital;
• Dinamismo e a prosperidade econômica;
• Rica produção cultural;
"As pirâmides do Egito começaram a ser construídas no período denominado Antigo Império. Usadas para sepultamento dos faraós (chefes de Estado) e seus familiares, esses famosos monumentos de pedra atraem milhares de turista para o país. As pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos são consideradas patrimônios históricos da humanidade.• Onda de invasões estrangeiras: Hicsos. Dominaram o Egito por quase dois séculos".

Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C.)
• Expulsão os hicsos (faraó Amósis);
• Hebreus submetidos à escravidão no Egito;
• Forte militarismo e pelo expansionismo territorial;
• Apogeu da civilização egípcia;
• Amenófis IV implanta o monoteísmo no Egito.

Religião e Política







Na Antigüidade, a relação entre política e religião era muito estreita. No Egito essa experiência irá assumir uma expressão literal. O Faraó não tinha apenas origem divina, ele é a expressão do próprio deus. Ele era o símbolo vivo da divindade. A isso chamamos de Teocracia. (Theos = Deus / Kratos = governo).
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.


A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).

Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve.








A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mesopotâmia - O Berço da Humanidade

Resumo de Aula - Mesopotâmia
Professor Elvis Oliveira 2009


A região entre os rios Tigre e Eufrates foi o berço de diversas das civilizações desenvolvidas ao longo da Antigüidade. O aparecimento de tantas culturas nessa região é usualmente explicado pela fundamental importância dada aos regimes de cheias e vazantes que fertilizavam as terras da região. Ao longo desse processo, sumérios, assírios e acádios criaram vários centros urbanos, travaram guerras e promoveram uma intensa troca de valores e costumes. Segundo alguns estudos realizados, a ocupação dessa parcela do Oriente Médio aconteceu aproximadamente há 4000 a.C., graças ao deslocamento de pequenas populações provenientes da Ásia Central e de regiões montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio mais tarde, os povos semitas também habitaram essa mesma região. Já nesse período, a Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur. Essas primeiras cidades são parte integrante da civilização sumeriana, tida como a primeira a surgir no espaço mesopotâmico.

Dotadas de ampla autonomia política e religiosa, essas cidades viveram intensas disputas militares em torno de regiões férteis da Mesopotâmia. Nesse meio tempo, os semitas foram ocupando outras áreas onde futuramente nasceriam novos centros urbanos. Entre as cidades de origem semita, damos especial destaque a Acad, principal centro da civilização acadiana. Nesse período de disputas e ocupações podemos observar riquíssimas contribuições provenientes dos povos mesopotâmicos. Entre outros pontos, podemos destacar a criação de uma ampla rede comercial, códigos jurídicos, escolas, conhecimentos matemáticos (multiplicação e divisão), princípios médicos, a formulação da escrita cuneiforme e a construção dos templos religiosos conhecidos como zigurates. Por volta de 2350 a.C., os acadianos, liderados por Sargão, dominaram as populações sumerianas. Em 1900 a.C., a civilização amorita – povo de origem semita – criou um extenso império centralizado na cidade de Babilônia. Hamurábi (1728 – 1686 a.C.), um dos principais reis desse império, foi responsável pela unificação de toda a Mesopotâmia e autor de um código de leis escritas conhecido como Código de Hamurábi. Esse conjunto de leis contava com cerca de 280 artigos e determinava diversas punições com base em critérios de prestígio social. Por volta de 1300 a.C.

Império Babilônico entrou em decadência em resultado da expansão territorial dos assírios. Contando com uma desenvolvida estrutura militar, esse povo ficou conhecido pela violência com que realizavam a conquista de outros povos. As principais conquistas militares do Império Assírio aconteceram nos governos de Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. Com o passar do tempo, esse opulento império não resistiu às revoltas dos povos por eles mesmos dominados. No ano de 612 a.C., os caldeus empreenderam uma vitoriosa campanha militar que deu fim à hegemonia dos assírios. A partir dessa conquista ficava registrada a formação do Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico. O auge desta nova hegemonia na Mesopotâmia ficou a cargo do Imperador Nabucodonosor II.

Em seu governo, importantes construções, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos, representaram o notável progresso material dessa civilização.Em 539 a.C., durante o processo de formação do Império Persa, os babilônios foram subordinados aos exércitos comandados pelo imperador Ciro II. Essa conquista assinalou o fim das grandes civilizações de origem mesopotâmica que marcaram a história da Antigüidade Oriental.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Revolução Industrial



Resumo de Aula - Revolução Industrial
Professor Elvis Oliveira 2009


O surgimento da sociedade industrial ocorreu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. Passou-se, de forma acelerada, do sistema doméstico ao sistema fabril de produção. Nascem as grandes cidades industriais. No plano tecnológico, disseminam-se os primeiros maquinismos.
Duas novas classes sociais se destacaram: a burguesia industrial, crescendo em força; e o proletariado, aumentando em contingentes. Operam-se novas relações sociais nessa sociedade de classes, com a ruptura histórica entre capital e trabalho. Nessa civilização urbano-industrial, deu-se a separação entre produtor e meios de produção.

É importante notar que não foi a expansão comercial que definiu o novo sistema, e sim sua organização fabril interna, com a utilização de invenções e inovações técnicas. Da venda da mercadoria industrializada é que resulta o lucro, objetivo último do novo sistema fabril. O uso das máquinas define a grande indústria, e a divisão do trabalho, iniciada na etapa anterior (manufatureira), é levada ao extremo, acelerada pela automatização das máquinas e por novas fontes de energia. O maquinismo torna impessoal a relação capital – trabalho, o operário vê-se distanciado da direção da empresa e dos destinos da mercadoria.
A indústria tradicional de lã foi a base do antigo sistema de produção, onde a pesada legislação medieval e mercantilista se concentrou. A indústria do algodão será a base do novo sistema fabril. Por outro lado, o advento do maquinismo está associado ao desenvolvimento da indústria do ferro (e da metalurgia em geral) e também à utilização da hulha (carvão mineral) no campo industrial. A máquina a vapor foi decisiva para a Revolução Industrial; sua disseminação dará uma nova fisionomia às cidades fabris, com grandes concentrações de mão-de-obra.

O grupo manufatureiro dividia-se em dois subgrupos: a grande maioria tradicionalista, adotando velhos métodos de produção marcados pelo baixo índice de racionalização e por concepções artesanais; e os industriais modernos, casos raros como Arkwright, Peel, Wedgwood, Boulton e outros, mais preocupados com as inovações técnicas e mobilizando recursos para tanto. Esses industriais modernos já estavam atentos à questão do progresso, do poder político e das relações entre as classes.

Expressão teórica da sistematização dos interesses da nova classe industrial, em forma de teoria “científica”, foi a obra de Adam Smith A riqueza das nações (1776). Mas o liberalismo (laissez-faire), enquanto teoria da Revolução Industrial, não surgiu pronto e codificado: realizou-se na prática, combatendo o Estado mercantilista.

O liberalismo constituiu a corrente ideológica que melhor expressou as aspirações da nova classe burguesa. Liberdade de empresa, de contrato, de imprensa e liberdade individual são seus objetivos. O Parlamento é seu melhor instrumento para gerenciar negócios, guerras e acordos. Contrapondo-se às teorias do Estado de inspiração religiosa, é racionalista; e o individualismo sustenta a liberdade do homem em sociedade ou, mais precisamente, no mercado de trabalho.

Um novo público leitor se forma. Nasce a "opinião pública”, com urbanização e liberdade (relativa) de imprensa. O Romantismo abre passagem, procurando resgatar a “harmonia perdida” do mundo pré-industrial, a busca da “unidade” entre o homem e o mundo que a Revolução Industrial destruiu. James Watt, com a invenção da máquina a vapor (1769) e com os sucessivos aperfeiçoamentos nela aplicados por ele, simboliza o “revolucionário” industrial. Parecia ter ciência de que os “inventos são produtos históricos”.




Em 1733, John Kay inventa a lançadeira volante.Em 1767 James Hargreaves inventa a "spinning janny", que permitia a um só artesão fiar 80 fios de uma única vez.Em 1768 James Watt inventa a máquina a vapor.Em 1769 Richard Arkwright inventa a "water frame".Em 1779 Samuel Crompton inventa a "mule", uma combinação da "water frame" com a "spinning jenny" com fios finos e resistentes.Em 1785 Edmond Cartwright inventa o tear mecânico.


Consequências em Resumo


A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas (a população de Londres cresceu de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880). A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior e consequentemente seu salário. Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi a melhoria nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época.

O nascimento dos ideais Marxistas e da luta de entre Burguesia e Proletários, acentuação da exploração do homem pelo homem.